Santo André, 8 de junho de 2017 – O Projeto Compostagem nas Escolas foi lançado hoje na rede estadual de ensino de Santo André, durante cerimônia na EE Fioravante Zampol. Desenvolvido pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) desde 2014 em escolas municipais, o objetivo é contribuir para a ampliação da coleta seletiva na cidade, mostrando à comunidade escolar que é possível transformar resíduos em um composto orgânico para hortas e jardins, ao mesmo tempo em que se reduz a quantidade de material descartado no aterro sanitário.
“Isso é reciclagem, é devolver para a natureza o que é dela. É uma iniciativa que atinge a educação ambiental, mas também a saúde da cidade, porque com ela também preservamos o nosso aterro sanitário”, destaca o superintendente do Semasa, Ajan Marques de Oliveira.
No total, 52 escolas municipais e creches já fazem parte do Compostagem nas Escolas. Com a rede estadual, mais 87 escolas de Santo André podem aderir ao projeto. As escolas participantes recebem uma composteira doméstica do Semasa, além de orientações sobre o uso do material.
O projeto inclui formação de professores e coordenadores de ensino, que recebem orientação sobre os problemas que envolvem a geração de resíduos e informações sobre alternativas para o tratamento do material orgânico. Doze escolas estaduais já estão habilitadas para receber as composteiras e novas adesões ao projeto serão aceitas a partir do segundo semestre.
“Nossa expectativa é que todas as escolas sejam atingidas, de forma que coordenadores, professores alunos e funcionários se tornem multiplicadores dos conceitos de coleta seletiva e compostagem, levando para suas comunidades e famílias”, explica a coordenadora do projeto no Semasa, Vilma Lucia da Rosa.
Feitas de plástico bem resistente e não transparente, as composteiras recebem os resíduos orgânicos gerados na escola – restos de alimentos não processados, como frutas, legumes, verduras, grãos e cascas de ovos, entre outros. O material que resultar do processo deve ser usado em hortas ou jardins da própria escola ou pela comunidade.
Fioravante quer ampliar a produção em horta e jardim
Primeira escola estadual a abraçar o projeto, a EE Fioravante Zampol incluirá a composteira doada ontem no projeto de sustentabilidade já desenvolvido com os alunos. A unidade de ensino, que tem 1.400 alunos, já possui horta e jardim vertical cultivados pelos estudantes e a intenção agora é usar o composto orgânico para ampliar a produção.
“Os alunos querem ampliar a horta para ter uma produção (de verduras, legumes e frutas) que possa ajudar crianças carentes da comunidade”, afirma a a bióloga Silvia Valente, uma das professoras que coordenam o projeto na escola.
A dirigente regional de ensino de Santo André, Ariane Butrico, destacou a importância do projeto para o meio ambiente e especialmente para a cidade. “Temos uma grande área de proteção de mananciais e precisamos aproveitar o momento, porque ainda dá tempo de recuperar o nosso ambiente. Não podemos esquecer que nós somos parte do meio ambiente. É uma semente muito grande esta que estamos plantando aqui”.
De acordo com o superintendente do Semasa, o projeto também é importante por envolver os estudantes. “O caminho é a criança se desenvolver tendo sensibilidade para os problemas do meio ambiente”.